[Pequena Aventura] Crazy

Dias e dias passarem, Kayk um garoto da vila sempre teve esperança de crescer e se tornar alguém forte, não que ele não fosse, mas de fato era difícil demonstrar isso, era tão quieto que as pessoas não o notavam, além de alguns de seus treinadores e mestres do Povo D'Água, que o apoiavam bastante para conseguir realizar o sonho que sua mãe tinha para ela, que era se tornar um verdadeiro shinobi.
O menino estava caminhando com a cabeça baixa pelas ruas de seu povo, ele não tinha absoluta certeza do que fazer, ele só se lembrava da cena em sua antiga casa, o sangue nas paredes e sua mãe jogada ao chão, ensanguentada e morta. O menino começava a chorar pelas ruas, estava realmente muito triste, ele tentava controlar aquele sentimento horrível, aquela lembrança insuportável, afinal, só queria se tornar alguém forte, sua mãe havia lhe pedido, e o mesmo tentaria cumprir, independente de qualquer coisa do que os outros digam, ou tentem convence-lo a desistir.
O olhar do menino se torna um pouco mais frio e um sorriso vingativo aparece, ele limpava as lagrimas com o braço e logo caminhava nas ruas, apenas com o pensamento de vingança, de ir atrás do assassino de sua mãe, que agora, para Kayk, deveria pagar o que fez.

De fato não se sabe ao certo o que estava acontecendo no território em que viviam o Povo D'Água, claro que se as pessoas aumentassem a segurança nada disso acontecia, e esses ladrões devem ser bem fortes, ou talvez não, mas sabe eu nunca gostei de lutar sem propósito nenhum, mas dessa vez eu tenho, eu quero tentar encontrar aquele maldito homem que matou minha mãe sem piedade, sem motivo, apenas matou.
Eu adentrava um lugar e encontrava homens de diferentes rostos, porém, todos usando uma armadura marrom, cor meio chamativa e clara, pois dava para notar que eram do Povo da Montanha. De fato eles sempre nos ajudaram e nos os ajudamos, e esses ataques que envolvem ladrões sempre estevem presente nos dois povos e eu queria muito ajudar, eu queria encontrar algum ladrão que tivesse as mesmas características descritas que alguns ninjas que moram perto de minha antiga casa me contaram.
Eu estava parado, encostado na parede, os observando, não tinha certeza do que fazer ali ou falar, mas eu logo notava que o horário já estava bem contra mim, eu era novo e algumas pessoas se preocupavam com essa questão, pois crianças eram alvos de ladrões, eu não ligava, não tinha medo, apenas ficava quieto, mas logo percebo um homem vir falar comigo, ele me dizia algo sobre sair dali e ir para casa, dizendo que essa era a hora em que os bandidos viriam para cá, mas sabe, eu nem me importava mesmo, eu apenas olhava com uma face séria e logo dizia.
-- Me desculpe, mas é que eu estou atrás de uma pessoa com algumas características próprias, de fato é um ladrão. - Minha face continuava séria, e eu não me importava com o que o homem falava, apenas ficava o fitando fortemente, mostrando coragem e determinação, algo que eu tinha muito.
-- Não tenho medo de morrer.

Observação: Deve ter observado que mudei minha narração de terceira para primeira pessoa, espero que não se importe.

Me preocupava aquela questão deles não confiarem tanto nos aprendizes é claro que aquele homem não me conhecia nem um pouco, na verdade, eu era conhecido bastante no Povo d'água, talvez por ser o garoto mais determinado entre todos os aprendizes.
Eu sempre me considerei um garoto corajoso e sempre quis se tornar mais forte cada dia, mas não por que eu queria me vingar, mas por que eu queria se tornar forte o bastante para conseguir impressionar todos, até mesmo minha mãe, mesmo ela estando falecida, eu sei que de onde ela esta ela consegue me ver e pode acreditar em mim.
Eu caminhava quieto, não estava empolgado, só demonstrava minha face séria como de costume, meu olhar estava frio e vingativo, mas não que eu sempre quisesse se tornar alguém assim, mas eu me tornei, talvez, por bobagem mas não, eu não aceitava aquela crueldade, e eu queria muito aceitar, eu não gosto de lutas sem sentido, mas isso esta tomando conta de mim, eu queria saber o motivo do por que aquele homem fez aquilo.
Enquanto continuava seguindo com aqueles seis homens, o que se demonstrava não estar confiando em mim, dizia sobre eu não ter experiência, dizia até mesmo que eu morreria mais rápido que qualquer um, eu apenas olhei com cara de deboche e demonstrei mais confiança, eu não tinha medo de morrer, mas não faço questão de ficar demonstrando isso, pelo contrário, eu escondo e até finjo que não tenho medo, minha aparência até deve ser bem inofensiva e por isso ninguém confia me mim, além de tudo, o homem dizia que se eu atrapalhasse, ele mesmo acabaria com a minha vida, eu não me importei com o que ele disse e apenas aceitei a opinião dele.
-- Tudo bem. - Terminei com um sorriso bobo e malicioso no canto da boca.

Quem dera se tudo fosse tão fácil, aquela técnica estranha só me deixava confuso, ela talvez, não fosse um ataque mais um auxílio para alguma coisa, pois de fato foi usada para deixar-nos sem visão, mas isso me revoltava, pois, era uma cópia de um jutsu que eu possuía, mas diferente do que eu tenho, esse envolve o elemento fogo e não é frio.
Eu fiquei o observando de longe, ele provavelmente estranhou a presença de um garoto novo em meio a cinco homens mais velhos, mas acho que ele nem ligou, apenas pensou que era algum tipo de brincadeira, mas eu como não era bobo, ficava disfarçando os olhares para ele, eu estava com um sorriso no canto da boca e com a cabeça baixa, ele era o homem que eu queria tanto enfrentar, não seria fácil, mas eu iria esperar minha oportunidade, afinal, não queria saber de batalhas desnecessárias, pois queria esperar todos os inimigos aparecerem, afinal, não adiantaria eu começar um ataque sem necessidade e de alerta para os ladrões, eu ficava apenas com os braços cruzados, porém, alerta e nunca deixando a guarda aberta.
Eu olhava de leve para o homem que dizia estar me protegendo e cochichava em seu ouvindo, com uma voz um pouco mais fria.
-- É ele. - Terminava com um olhar rápido na face do inimigo.

Crueldade, muita crueldade da parte daqueles homens, eu me sentia muito estranho, meu estomago estava com borboletas, estava ansioso para tentar ataca-lo, mas evitava se mover e acabar fazendo besteira, então fiquei apenas quieto.
De fato eu não sabia mais o que fazer, ele fazia movimentos acrobáticos e rápidos sobre as espadas dos ninjas que haviam vindo comigo, mas logo em poucos segundos dava para ouvir uma risada sínica da parte de meu inimigo, que decepava os dois homens que se encontravam mais para frente. O homem que me protegia me levava para trás, e ficava com um olhar estranho, me parecia estar com medo, claro que meu inimigo era forte, mas não a propósito de o teme-lo, afinal, forte é aquele que pensa antes de agir e não age por impulso.
O homem então dizia seu nome, meu inimigo se chamava Hito, nome bonito, mas colocado numa pessoa cruel, o nome não parecia ser tão cruel quanto o homem, mas não me importava com aquilo, apenas ficava em silêncio, não dizia nada, ficava quieto e esperava a reação do homem que me protegia, enquanto Hito ficava de braços cruzados nos olhando.

Olhei seriamente para ele, não estava achando nada engraçado, minha face estava frita, eu estava com alguns tremores no corpo, mas não perdia a calma, olhava com deboche e disfarçava a raiva, apenas o observava, não fazia nada para o prejudicar ou atacar, fiquei o olhando de onde estava, porém, nunca deixando a guarda baixa.
-- Agora estou aqui. - Disse numa voz um pouco mais séria, o fitando rapidamente.